quinta-feira, dezembro 01, 2005

silêncio / quebrado / reposto / silêncio

almoçar a ouvir o silêncio......silêncio quebrado pelo cavalo de ferro...
...esperando que o cavalo passe para continuar a ouvir o silêncio.
silêncio...................... :)

quinta-feira, novembro 17, 2005

vai um Porto !

Esta foi a minha participação para o Concurso "Da minha Janela" realizado por azenhas
podem dar uma espreitadela aos trabalhos expostos ... mas não podem votar... :(

É um desenho criado a 3 dimensões, tendo como fundo uma vista sobre o rio Douro...

Estão convidados para um "cálice de vinho do Porto"... :)
... a porta está aberta, vão entrando e sirvam-se à vontade, os cálices estão ali ...
as minhas mini férias começam hoje...
fica um até já...
volto dentro de uns segundos.
Adesenhar............................. :)

sexta-feira, novembro 11, 2005

A Persistência da Memória

A Persistência da Memória...
"Foi numa noite em que me sentia muito cansado e tinha uma ligeira dor de cabeça, o que é extremamente raro em mim. Íamos ao cinema com uns amigos mas no ultimo momento decidi não ir. Gala iria com eles e eu ficaria em casa e deitar-me-ia cedo.Tínhamos terminado a nossa refeição com um Camembert, e depois de todos terem saído eu fiquei ainda algum tempo à mesa meditando nas questões filosóficas do “super-mole” que o queijo me parecia suscitar.
Levantei-me e dirigi-me ao meu estúdio onde acendi a luz para, como era meu hábito, dar uma última vista de olhos, ao quadro em que estava a trabalhar.
Este quadro representava uma paisagem perto de Port Lligat, cujas rochas eram iluminadas por uma penumbra transparente e melancólica; em primeiro plano uma oliveira com os ramos cortados e sem folhas. Eu sabia que a atmosfera que tinha conseguido criar com esta paisagem iria servir como cenário para alguma ideia, para alguma imagem surpreendente, mas não fazia a minima ideia o que seria.
Estava quase a desligar a luz quando, de repende, “vi” a solução.
Vi 2 relógios moles, um deles lamentavelmente pendente nos ramos da oliveira.
Apesar da minha dor de cabeça ter aumentado ao ponto de se tornar realmente dolorosa,
preparei avidamente a minha paleta e lancei-me ao trabalho.Quando Gala regressou do cinema, duas horas depois, o quadro, que acabaria por se tornar uma das minhas obras mais famosas, estava pronto.
Fi-la sentar-se em frente dele
com os olhos fechados:

“Um, dois, três, abre os olhos !” Observei a face de Gala e vi aquela contracção inequívoca de maravilha e espanto.
Isto convenceu-me da eficácia da minha nova imagem, pois Gala nunca errava quando julgava a autenticidade de um enigma." ...

A Desintegração da Persistência da Memória

(em "A Vida Secreta de Salvador Dali")

A Persistência da Memória foi acabada em menos de 5 horas.
Vinte anos depois Dali completou A Desintegração da Persistência da Memória.

quarta-feira, novembro 09, 2005

globalização / canibalismo / globalização / canibalismo

... Salvador Dalí.....................1936.....................2006

quinta-feira, novembro 03, 2005

D R E S I N E - Linda peça de museu da Estação do Pinhão

Desde o meu post o Douro em azulejo, que o comentário do Ognid fazia eco na minha cabeça... :) "há uns lindissimos na estação do Pinhão também." Não resisti e passei pela estação. Fotografei os ditos painéis em azulejo, mas havia uma surpresa reservada para mim... este veículo motorizado. :) um dia chuvoso recompensado com a descoberta desta obra de arte. Dos meus ilustres visitantes, haverá algum que saiba o nome desta bela peça de museu? então lá vai , é uma Dresine... :) venham daí, porque não se pode esperar eternamente por um comboio, inverno atrás de inverno... :)

quinta-feira, setembro 01, 2005

Lagos - Sophia de Mello Breyner Andresen


Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio do bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade, que estão em ruínas. Passa debaixo da porta e vai pelas pequenas ruas estreitas, direitas e brancas, até encontrares em frente ao mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até o mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo, pois ali o visível se vê até o fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco da cal onde a luz cai a direito. Também ali, entre a cidade e água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e, ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra, compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como seu azul é profundo e como eles cheiram, realmente, a mar. Depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor-de-prata. E verás polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. A tua direita então verás uma escada. Sobe depressa, mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia-idade com rugas finas e leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégão, um ramo de salsa e um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não são pretos mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros
pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada. Lá dentro ficarás ajoelhado na penumbra, olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. E aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis, que é a tua oração diante do grande Universo invisível".

Caminho da manhã
Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, agosto 06, 2005

Pirata

Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

Sophia de Mello Breyner

sorria está a ser filmado/a!

terça-feira, julho 26, 2005

WAKE UP!

Is everybody in?
Is everybody in?
Is everybody in?
The ceremony is about to begin.

WAKE UP!

You can't remember where it was
had this dream stopped?

segunda-feira, julho 11, 2005

Silêncio


(.)........................................................................(.)

3. 2. 1. 0 ......................



............FIM DA HIPÓCRISIA...............

quinta-feira, junho 30, 2005

aceito sugestões para mais personagens







blogs simpáticos aqueles ali em cima... :)
( . ) falta uma brisa suave p/ polir as letras. uma andorinha a descansar p/ para ganhar força...
os filhotes esperam.
falta uma águia?
um dragão?
um leão?
um ministro
um presidente da républica
a guerra do iraque
aquela malta dos sem terra no Brasil?
os garimpeiros
os putos das praias a roubar um pouco p/sustento
e a desgraçadinha que andava no gamanço
uma bandeira azul
um reformado de 3ª
um reformado de 2ª
um reformado de 1ª e excelente ( ministeriável) qualidade com uma reforma milionária
ou um simples funcionário público com um ordenado miserável
um homem estátua
um burro (autenticado)
o Isaltino Morais
o Alberto João Jardim
um santo papa milagreiro que acerte no jakpot do euromilhões e os distribua
em Africa e restantes continentes onde como eu dizia neste post anterior
- Um ponto ( . ) - morre uma criança de 5 em 5 segundos.
ups
as horas
agora que eu estava a fazer render o peixe...
:)

mais uns esquissos



( . )
neste último esquisso a EDP atacou ou terá sido uma Cegonha!...

quarta-feira, junho 29, 2005

esquisso nº 5


esquisso nº 5

sábado, junho 25, 2005

fragilidade


texto retirado
................ ( . )................

dia negro


texto retirado

......( . )......

sexta-feira, junho 24, 2005

quarta-feira, junho 22, 2005

O meu PC já fumega


O meu pc já fumega
eu também
mais mega menos mega
O António Variações tinha razão
uma alteração aqui outra ali
e esta insatisfação...
......( . )......


sexta-feira, junho 17, 2005

Um ponto ( . )

Guiness
Vou fazer a previsão do futuro mais curta de todos os tempos. :)
Ora leiam esta...
Não 1 hora nem 1 minuto,
mas sim 1 segundo.
assim sendo
prevejo que no próximo Segundo da minha vida (tempo :)
vou teclar 1 ponto apenas :)

.

ora aqui está na linha anterior o famoso ponto.
Pró Guiness eu quero ir.....................................
Enquanto isso e somando ao ponto teclado, mais 4 pontos em igual tempo de 1s
prefaz a triste soma de 5 pontos = 5 segundos...
triste porque em todo o mundo,
morre uma criança de 5 em 5 segundos
por falta de saúde
e
má nutrição
é inevitável a morte para essas crianças...............
ao mesmo tempo eu quero ir para o Guiness.....
só porque considero importante
ter previsto um futuro com a duração de apenas 1 segundo.
somando o tempo que perdi aqui a escrever
este post!
quantas crianças morreram entretanto?

A porta está aberta
entrem
mas não façam muito barulho,
apenas a barulheira do teclado
suficiente para deixarem um comentário
antes de sairem.

O último a sair
que feche a porta.

obrigado
(º-º) Adesenhar.........................................

quinta-feira, junho 16, 2005

Liame


As minhas poesias são
horas de esquecimento...

Lugares
sagrados,
Templos.

São viagens pelo Universo
à volta do que eu penso em verso, ciúmes
de não poder viajar realmente
através dele...

Se alguém reparar por que me fascino
com tantos mistérios d'astros e de cometas,
com tantas constelações e planetas,
repara apenas
através dos meus sentidos
como se eu não tivesse a mínima importância.

A minha ânsia
é desaparecer como meteoro fugaz
por entre as nebulosas de gaz
e procurar outro Sol, nova distância
que me separe,
encontre e ame...
Longe... Livre...
Em liame!

Geometria - De Marília Miranda Lopes
livro publicado e registado na S.P.A.

quarta-feira, junho 15, 2005

Rotina


Rotina

Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Eugénio de Andrade

terça-feira, junho 14, 2005

Silêncio


a porta está aberta
entrem
mas não façam muito barulho

segunda-feira, junho 13, 2005

Até sempre Eugénio de Andrade




Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus

Até sempre Eugénio de Andradade

sábado, junho 11, 2005

contrastes

domingo, junho 05, 2005

dor passada



Em distantes sonhos ardem,
Aquém destinei o coração...
As lágrimas lembro
Gélidos gritos de alma,
o réprobo rosto desolado

Hoje, tenáz a monotonia perpétua
Eternos os dias jazem,
demorando-se...não mais acabando
E as noites chegando
jamais se vão.

Em pétalas a rosa se desfaz
Por aí esquecida
Outra primavera virá.

Em louco amor...
O coração se eclipsou,
Nos intervalos do tempo perdido.

De J.C.B............................................

sexta-feira, junho 03, 2005

Burros há muitos


Burros há muitos ... mas este está em vias de extinção.

terça-feira, maio 31, 2005

O silêncio dos inocentes



sexta-feira, maio 27, 2005

Grito... Eco... Vazio...

Das profundezas do coração
De um sincero e delirante pensamento
Pude semear meus regos de versos
Na negra terra do esquecimento...




De um amigo__ J.C.B.

quinta-feira, maio 12, 2005

em teste

em fase de esquisso