terça-feira, julho 14, 2009

Fuge, fuge, Lurdeta - Copy/past via mail

Voando vai para a rua

Sócrates na estrada preta
Vai na brasa de lambretta

Leva a Milú, a pirata
Vermelha de irritação
O povo manda-a embora
Ela! que fez tanto p´la Educação!

Fuge, fuge, Lurdeta
Vai na brasa de Lambretta

Agarrada ao companheiro
Na volúpia da escapada
Pincha no banco traseiro
Em cada volta de estrada.
Grita de medo fingido
Mas medo não é com ela
E só por amor e cautela
Abraça-o pela cintura
Vai ditosa, e bem segura.

Leva atrás dela o Pedreira
E também o Valter Lemos
Tudo foge à sua volta,
O poder, carros, e casas
E com os bramidos que solta
Lembra um demónio com asas.

Na confusão dos sentidos
Já nem percebe, a Lurdeta,
Se o que lhe chega aos ouvidos
São ecos de amor perdidos
Se o som da motoreta.

Fuge, fuge, Lurdeta
Vai na brasa de Lambretta
E escusas de te por aos ais!...
Que em Outubro levas mais!...

Adaptado de António Gedeão (Rómulo de Carvalho, 1906-1997) in Máquina de Fogo (1961)

2 comentários:

Odele Souza disse...

Muito criativo o texto. É uma forma de "dar o recado" aos políticos que estão sempre querendo levar vantagem em cima do povo.

Bjs de Odele e Flavia.

António Sabão disse...

Heheheheheh!!!!!!
Tá fixe a lurditas e o miguito!

Abraço

PS: Não deu para ir a Vila Real! Pró ano há mais!