quarta-feira, setembro 30, 2009

e-mail vulnerável

o seu e-mail está vulnerável ao contágio pelo H1N1?

1. Use máscara e luvas.
2. Abra o e-mail com cuidado.
3. Lave muito bem o mail com sabão macaco.
4. Antes de ler, desinfecte os olhos com ácool/gel.
5. Se depois de todos estes procedimentos continuar a ter dúvidas...
abra uma nova conta de e-mail.
:-)

segunda-feira, setembro 28, 2009

sexta-feira, setembro 25, 2009

Especial Eleições

Photobucket

Para a classe política que temos, com amor.

Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem intelectual!
[...]
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!

(Álvaro de Campos, “Ultimatum”, Prosa Publicada em Vida, p. 280/281)
PhotobucketAté quando você vai levando porrada,
Até quando vai ficar sem fazer nada
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando você vai ser saco de pancada?

sábado, setembro 19, 2009

Poesia Matemática de Millôr Fernandes

Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.

Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.

Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.

"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."

E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.

E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.

Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.

Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.

Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.

E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.

Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.

Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.

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Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.

quarta-feira, setembro 16, 2009

O Best-Seller SÓCRATES

SÓCRATES: UM EXEMPLO DE SUCESSO.

Este será o TÍTULO do livro que penso escrever sobre Sócrates, o Primeiro Ministro de Portugal entre 2005 e 2009. (E ficarei rico. Pois tenho a certeza que há milhares de Chico-espertos que gostavam de ser como ele. Pelo menos, todos aqueles que irão votar no P.S. em Setembro serão potenciais compradores desta obra!)

O PLANO DO LIVRO:

No primeiro capítulo:

Irei explicar como se pode obter imenso sucesso, estudando pouco e gozando muito. E ilustrarei essa ideia com a carreira escolar, fora do comum, do estudante José Sócrates.

No segundo capítulo:

Falarei (escreverei) do fabuloso desempenho socrático, como membro do governo de António Guterres:

-as voltas que deu aos miolos (e as arrelias que teve) para transformar as lixeiras portuguesas noutra espécie de lixo (mais moderno e incinerado);

- a extraordinária façanha de protagonizar, juntamente com o extraordinário Carlos Cruz, e outros, a conquista da realização do Europeu de 2004 em Portugal (na esperança de outra conquista que não aconteceu, graças ao “caríssimo” treinador Scolari…)

- o impressionante “bom senso” que revelou, juntamente com a já aí notória (e premonitória) “preocupação com o défice”, ao não se ter oposto, como governante que era, à edificação dos monumentais estádios de futebol, hoje quase todos às moscas, cujas derrapagens orçamentais davam para construir mais cinco ou seis como os previstos.

No terceiro capítulo:

Estará em destaque o grande desempenho televisivo de Sócrates em frente de um Santana Lopes relaxado demais e a brincar aos debates; onde exporei ainda a minha opinião de que foi nesses debates que nasceu o D. Sebastião do séc. XXI.

No quarto capítulo:

Evocarei a sua estrondosa vitória na eleição para Secretário Geral do P.S., batendo o eterno pónei político, João Soares, e o socialista cristalizado, independente e retórico, Manuel Alegre.

No quinto e último capítulo:

Enfatizarei as raras qualidades políticas de Sócrates como Primeiro Ministro:

- Explicarei porque o acho a reencarnação moderna de Maquiavel;

- Exporei as razões porque o considero a antítese perfeita de Robin dos Bosques e de Zé do Telhado;

- Enunciarei a sua capacidade invulgar de omitir a verdade e desmentir a mentira; de dizer, sem pestanejar, que o cavalo branco de Napoleão é muito preto.

- Enfatizarei, no final, a sua incurável megalomania, o seu umbilical auto-convencimento; a sua tendência genética para a demagogia; a sua gaguez cultural; a sua esperteza saloia; a sua miopia sociológica; o seu anti-humanismo; a sua inaptidão societária e a sua dialéctica de papagaio.

Ah! E ainda tentarei desmontar, no último capítulo, o seu conceito “muito particular” de “Interesse Geral”, explicando que Geral é sinónimo de Universal; e que não se defende o tal “Interesse Geral” pondo de parte os interesses da “generalidade” dos 150.000 portugueses que foram a Lisboa dizer que eram e queriam continuar a ser professores; nem dos milhões de alunos que merecem um ensino como deve ser; nem se defende o tal de “Interesse Geral”, impedindo a TVI de ter um telejornal visto e apreciado por milhões de portugueses, muitos deles Socialistas…

*Autor anónimo*

Texto picado aqui

segunda-feira, setembro 14, 2009

quarta-feira, setembro 09, 2009

Debates televisivos

Falta sal e pimenta a estes debates televisivos.

terça-feira, setembro 08, 2009

Com fúria e raiva acuso

Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
*
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
*
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
*
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
*
Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, setembro 07, 2009